Estimular a criatividade encontrando um canal para dialogar com seus medos e dúvidas, libertando-se de dores através da rima em forma de música: essa é a proposta das instrutoras Tatiana Vieira, 35, e sua filha Yasmin, 17, voluntárias do Seara de Luz, através da Oficina de Hip Hop que iniciaram as atividades em junho último.
Tatiana, que pertence aos grupos Frente Feminina de Hip Hop e Movimento Resiste Mulher, conta que estuda o Hip Hop há mais de 15 anos e encontrou nele a linguagem que procurava para se aproximar dos jovens da periferia: “Eu não sabia como chegar no adolescente periférico e isso me causava um mal-estar. Através do hip hop, consegui me inserir na problemática deles, e com isso abordamos temas como violência doméstica, drogas, violência urbana, violência de gênero, empoderamento estético, enfim, dores do cotidiano deles, através da música, do ritmo”, relata.
Tatiana explica ainda que o Hip Hop é um movimento composto por quatro frentes: MC (mestre de cerimônias, no ritmo rap), Dj, grafite como expressão artística e Break como expressão corporal.
O projeto realizado com as crianças do Seara iniciou pela vertente MC – Oficina de Rima – levando os jovens a trabalharem diferentes formas para falar de sua realidade.
Cada módulo dura quatro semanas, com uma aula de duas horas por semana. No modulo 2 o tema é a dança Break. Parabéns às voluntárias!
Por: Jussara Tech